No ápice do risco, ele sempre insiste.
- Venham até a margem!
E resistem...
Como quem segura um lápis com um só dedo.
- Venham! Não tenham medo de cortar-se no branco, ele insistiu.
Os lápis já possuem pontas.
E a cada apontador, um corte.
Fizeram-se dois traços. Ou seriam garatujas?
Ele os empurrou...
Ambos rascunharam o desejo.
Helen Bressanelli
http://menina.tremula.zip.net/
4 comentários:
Nossa q loucura isso! Muito bom este blog! Mais, mais, mais...
belo poema pequena grande Helen! é um prazer tê-la conosco.. nos envie outros mais.. beijos e saúde!
Quem insiste é o mesmo que empurra? Quem rascunhou o desejo é quem caiu? Se a idéia é fazer um "poeminho" (coisa por demais quintaniana) confuso... Parabéns! Até que não soa mal quando se lê às vozes. O quinto verso (ele insistiu) quebra o ritmo e depois não se lê mais insiste/resistem nem venham/não tenham... Parece que perdeu fôlego nos versos finais. Se fez com puro sentimento e antiesmerismo poético, está a la legale. Abraços!
CP
Que chato! O poema é muito bom. Os burocratas que se entendam com as burocracias. Amei. Aliás, todos os textos estão bons.
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