quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Bêbado que não sabe se dormir é morrer

Torpe demais não há caminhos. Verdadeiro e puro não posso existir. Transmutado enlatado soturno. Vivedor que arde em sal sem sabor. Suor sagrado que sangra sem vinho. Medo amargo do que será um dia. Blasfêmia da grossa! Pudor, não há! Só o pau a puta a dor o passar bem... Passar bem, meu amor! Quem apostou no cavalo meia quatro? Ele perdeu. Mais um fracasso. Outro para a coleção de fracassos. Eternamente chega o fim. Lúcido demais não há vestígios. Coisa alguma. Não é nada a não ser o pouco que restou. E, não restou muita coisa. Restou nada! Beijos, preciso dormir, curar o porre e se for, acordar, depois, nunca mais...
Herman G. Silvani (Niko)

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa! Bonito isso.

Telma Scherer disse...

a meu ver esse é um texto forte, tenso, abrasivo, um dos melhores da lábia desse poeta de lua tonta que tanto diz e sabe dizer