quarta-feira, 20 de junho de 2007

No cotidiano...

Devo engolfar-me em tuas rimas,
Devo-me um perdão...

A luz que me castra a visão
É a mesma que ilumina meu caminho.

Num emaranhado de lições me perco,
Já não me acho,
Já não sou eu mesmo.

Desprendo-me de toda a verdade,
Busco o sonho,
Desprezo toda a estirpe.

Emano da tempestade,
Sou caso insolúvel...

Por mais lépida que pareça minha imagem,
Sou composto de melancolia.
Em mim há muita tristeza,
Sou fortaleza em dor.
Mas isso não me supera a benevolência,
Prossigo rindo-me.
Gargalho ao emancipar-me das convenções.

Estou liberto e assisto impassível as ilusórias hipocrisias
[dos dias úteis.

Herman G. Silvani (Niko)

4 comentários:

Anônimo disse...

Bélos versos. Sempre a lua para encantar e inspirar...

Anônimo disse...

Oi Hernam...
Sempre "venenoso", hein...
Parabéns pelo poema. T+.

Anônimo disse...

"Por mais lépida que pareça minha imagem,
Sou composto de melancolia." Condensaste bem a sua idéia. Muito bom.

Anônimo disse...

Repito: Simplesmente magnífico!