sexta-feira, 22 de junho de 2007

(S) Em tempo

Incontáveis e inocentes horas de espera
fila indiana para rotineira burocracia
relógio-ponto não dignifica; condiciona e policia
Incolor, outro entre tantos dias se encerra

No templo de mil mentiras pedia perdão pela libido
anestesia via controle-remoto inoculada lentamente
frêmito de angústia, último suspiro impaciente
- Fui enganado! usurpado! iludido...

O sangue gélido acusa a hora de morrer
pior é a certeza de não ter podido viver
Finalmente querendo gritar, despedia-se mudo

Enfim...
a morte é o fim
Eis tudo.

(Zé.)

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, muito bom! Tanto as poesias quanto os demais textos são muito expressivos. Parabéns pelas suas maldições literárias.

Luiz Alberto Machado disse...

Olá, pessoal, muito bom o espaço de vocês, parabens. Estarei indicando nas minhas páginas.
Não deixem de ver meus clipezinhos poéticos & musicais no http://www.youtube.com/luizalbertomachado
e no
http://www.myspace.com/luizalbertomachado
Beijabrações & tataritaritatá!
www.luizalbertomachado.com.br
PS: vem aí a atualização do Guia de Poesia, aguarde.

Anônimo disse...

Poesia forte como a vontade do poeta. Parabéns!